
ARTISTA CONTEMPORÂNEO
DO MUNDO.
O trabalho em destaque se deu em visita a este lugar que aparece no vídeo. O recorte audiovisual também é parte da obra, como ponto de partida e referência para a construção do trabalho.
Uma sensação imediata tomou conta dos meus pensamentos ao observar o mergulho literal das pessoas, do píer para a água. Foi um viés com dois sentidos: olhar para o presente, o passado e o futuro, diante do Museu do Amanhã, na Praça Mauá, no Rio de Janeiro, o maior porto de escravizados do mundo, onde corpos foram desumanizados.
Juntamente com a expressão e o riso, soando como um gesto de reconfiguração do pertencimento, cria-se uma atmosfera sugestiva, onde se lançar ao mar se faz ritual com a intensidade da vida, um salto enérgico em direção a um abraço d'água.
Poesia à lá Leminski produzida em IA, à partir do texto acima.
No ventre da praça,
onde os ecos se afogam,
a galerinha se joga,
sem medo do passado
que ainda respira
no sal da água.
O maior porto de corpos
é agora uma ponte de esperanças,
e o que era dor
vira onda que envolve,
abraço de água
que reordena, que renasce.
É o salto,
sem promessa,
só o agora,
a pele tocando o vivo,
e a vida se refazendo
nas profundezas de um só mergulho.
MOSTRAS
ATUAIS


.
LUGAR QUE CONTA O TEMPO ATRAVÉS DO TRAÇO
