“NÓS COMBINAMOS DE NÃO MORRER”: A OBRA DE FESSAL NO PARQUE DA CIDADE
- fessal
- 14 de jul.
- 2 min de leitura
Com pinturas, desenhos, instalação, vídeo e programação, exposição convida a passeio no Museu Histórico da Cidade.
Por: Rita Fernandes

Dia desses me aventurei na exposição “Nós Combinamos de Não Morrer”, do artista plástico Fessal, no Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, na Gávea, cujo título é inspirado em um conto do livro Olhos D’Água, de Conceição Evaristo . Há muito não visitava o Parque, local tão perto e às vezes tão esquecido nesse nosso dia-a-dia de morador. A visita é uma delícia de programa, com obras entre desenhos e pinturas, vídeo e instalação, e propõe reflexão com imagens sensíveis que combinam formas humanas e vegetações. Como uma espécie de “acordo invisível”, Fessal traz um diálogo poético e político sobre a interdependência do ser com o planeta, a urgência de repensar o consumo e o espaço que ocupamos, e propõe um pacto existencial: estamos — de fato — “combinando de não morrer”?
Logo na chegada, o visitante se depara com uma sala imersiva, obra feita ali mesmo. É uma sala vermelha que parece nos levar ao interior do nosso próprio corpo, com seus líquidos e movimentos. Dali segue-se para o segundo andar, onde em vídeo Fessal fala sobre as cores, sua relação com o processo criativo, sobre Rosa, sua mãe, e inspirações, dores e dificuldades de início da carreira, mostrando suas conexões mais profundas. Rosa é o ser “encantado”, super presente na vida e obra de Fessal, encantado como ele próprio.
“As mulheres dão luz e sentido à vida, por sorte tive uma mãe com um cuidado e carinho sútil e potente, a ponto de passar isso adiante. Carrego comigo esse cuidado dela, em tudo que faço, sejam em coisas visíveis ou mesmo aquelas muito particulares, que só nos sabemos. É um cuidado e dedicação no fazer das coisas, que quem se aproxima começa a sentir ”, diz Fessal.
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